Planava suave o olhar no horizonte, apreciando as ondas, vai e vem, as espumas escorridas a cada vaga, formando breves e inusitadas formas. Azul, verde, branco, as cores se alternando no calidoscópio mar, num verdadeiro museu vivo de obras de arte efêmeras e belas, obras de movimentos e forças como poucas manifestações fora o homem capaz de conceber em sua curta jornada de universo.
As ondas quebrando em gotículas numa nuvem borrifada de suor salgado, suor do mar que a todo momento se exercita agitado, dançando riqueza de ritmos e sons... uma orquestra de infinitos compassos e harmonias.
O mar... belíssima explosão de natureza... a cada olhar, tocar, cheirar, saborear, ouvir me apaixona, assombra, engrandece! Mais supremo que o sentir o mar simplesmente, é permitir ter a sensação do mar apaixonado ao teu lado. Compartilhar contigo toda a grandeza, imponência, beleza deste incrível pedaço de natureza. É ter contigo a comunhão do mar, de nosso amor, de toda esta intensa e forte emoção vida!
Amar...estar abraçado contigo, sentado sobre a pedra à qual o mar maliciosamente se expõe, despejando sua tez superfície, tocando escondido seu sexo às rochas, num orgasmo chuviscado imenso de gotículas e espumas... te amar!
[1999/jan]
Um comentário:
Muito lindo, Arthur!
A mulher que te inspirou deve ter sido muito feliz!
Postar um comentário